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A pandemia representou um grande desafio para as igrejas de todo o mundo. Templos foram fechados, cultos presenciais cancelados. Como manter a comunhão e o cuidado com os membros nesse cenário adverso?
A solução encontrada por muitas congregações foi migrar para o ambiente digital. Lives no YouTube e Facebook, cultos e estudos bíblicos pelo Zoom, grupos no WhatsApp. Nasceu assim o conceito de “igreja digital”, ou igreja fidigital.
Mas será que basta apenas transmitir os cultos online? Quais mudanças são necessárias para que a igreja aproveite as possibilidades do meio digital? Neste artigo, analisaremos estratégias para tornar a igreja verdadeiramente omnichannel, conectando e servindo aos membros tanto no ambiente físico quanto no virtual.
Conhecendo o novo público invisível
Ao se tornar digital, a igreja passa a alcançar novos públicos “invisíveis”. Há os membros assíduos, que participam constantemente. Os “igrejados”, que aparecem de tempos em tempos. Os “desigrejados”, que raramente frequentam. E os totalmente afastados.
Cada grupo precisa de uma abordagem específica para se manter conectado à igreja. Os cultos online por si só não bastam. É preciso criar outras formas de engajamento digital.
- Os membros assíduos já têm um relacionamento estabelecido com a igreja e estão acostumados a participar das atividades presenciais. No ambiente digital, é importante oferecer conteúdos exclusivos e diferenciados para eles, como estudos bíblicos mais aprofundados, reuniões virtuais de comunhão e grupos de discussão sobre temas específicos da fé. Manter um contato mais próximo com esses membros, por meio de mensagens personalizadas e atenção individual, é uma maneira de fortalecer ainda mais os laços e o sentimento de pertencimento à comunidade.
- Já os “igrejados”, que aparecem de tempos em tempos, podem estar enfrentando desafios que os impedem de participar regularmente das atividades da igreja. Nesse caso, é importante oferecer uma programação variada e flexível, que se adapte às suas disponibilidades e necessidades. Criar eventos especiais em dias e horários diferentes dos cultos principais pode ser uma forma de atrair essa parcela do público e incentivá-los a participar mais ativamente.
- Os “desigrejados”, por sua vez, podem ter se afastado por questões pessoais, dúvidas, saúde ou decepções. É fundamental acolhê-los com compreensão e empatia, sem julgamentos. Investir em conteúdos que abordem suas inquietações e busquem respostas para suas perguntas pode ser um caminho para reconectar essas pessoas à fé e à igreja.
- Por fim, há os totalmente afastados, que podem não ter tido contato com a igreja por um longo período. Para alcançar esse público, é necessário ir além das transmissões online. Campanhas de evangelização digital, divulgação de testemunhos impactantes e a criação de um ambiente acolhedor e convidativo nas redes sociais e website da igreja podem ser estratégias eficazes para chamar a atenção e despertar o interesse dessas pessoas.
Tornando os cultos online mais interativos
Apenas transmitir o culto tal qual era feito presencialmente não é o ideal. A audiência online logo se dispersa com um modelo muito lento e extenso.
Para tornar os cultos online mais atrativos e engajadores, muitas igrejas têm adotado estratégias para promover a interatividade durante as transmissões. Uma das abordagens é adaptar a liturgia para o meio digital, buscando pregações mais curtas, dinâmicas e conversacionais. Dessa forma, é possível manter o interesse dos espectadores e evitar que se distraiam facilmente.
Além disso, o uso de recursos de interatividade é uma prática cada vez mais comum. As igrejas têm utilizado enquetes durante a transmissão para obter feedback dos participantes, permitindo que expressem suas opiniões e se sintam mais envolvidos no culto. Outra forma de interação é a “nuvem de palavras”, onde os membros podem enviar palavras ou frases que estejam relacionadas ao tema da mensagem, criando um ambiente colaborativo e participativo.
Um aspecto importante para manter o engajamento é o envolvimento do pastor ou pregador. Ao fazer perguntas em tempo real e ler pedidos de oração dos membros durante a transmissão, ele demonstra atenção e cuidado com a audiência, gerando uma conexão mais próxima com os participantes mesmo à distância.
Cuidando também dos não digitais
Os meios digitais abrem novas possibilidades, mas é fundamental lembrar daqueles que não se adaptam tão facilmente às tecnologias.
Idosos, pessoas do grupo de risco e lares com crianças pequenas precisam de atenção especial nesse contexto. A igreja pode capacitar seus membros para cuidar dessas pessoas, levando estudos bíblicos e momentos de adoração diretamente às suas casas.
Para os idosos, que muitas vezes enfrentam dificuldades em utilizar dispositivos digitais, é essencial oferecer alternativas para que eles continuem participando ativamente da comunidade. Um cuidado carinhoso seria designar voluntários para visitá-los em suas residências, respeitando as medidas de segurança, e compartilhar com eles as mensagens dos cultos e estudos bíblicos. Esses momentos presenciais podem proporcionar um valioso senso de pertencimento e conexão com a igreja
Recepção virtual
Assim como na igreja física, é importante recepcionar bem os visitantes no ambiente digital também. Os membros podem ser treinados para atuar como anfitriões virtuais, cumprimentando os visitantes pelo nome nos chats e lives, direcionando-os para canais de integração e oferecendo suporte durante todo o culto ou evento online.
A primeira impressão é essencial, e um acolhimento caloroso aos visitantes pode fazer toda a diferença em sua experiência na igreja digital. Ao receber os novos participantes pelo nome, os anfitriões virtuais transmitem uma sensação de pertencimento e cuidado, mesmo à distância. Isso ajuda a quebrar barreiras e criar uma conexão mais pessoal, o que pode incentivar os visitantes a retornarem em outras ocasiões.
Envolvendo os membros na evangelização digital
A igreja fidigital só acontece quando os membros também estão engajados. Eles precisam:
- Ajudar nas transmissões e conteúdos online
- Atender dúvidas nos cultos via chat
- Compartilhar devocionais e estudos nas redes sociais
- Ensinar os mais velhos a usarem a tecnologia
- Contar estórias bíblicas para as crianças remotamente
O evangelismo hoje é omnichannel. É preciso capacitar os membros a usar seus dons nos meios digitais também.
Planejando a transformação digital
Migrar para o digital requer planejamento. Avalie os recursos e habilidades já disponíveis na igreja. Quais serviços prestar aos membros e à comunidade? Como engajar mais pessoas? Trace um plano realista e consistente.
Vivemos uma nova era, onde o cuidado pastoral e a comunhão entre os irmãos ultrapassam os muros físicos da igreja. É nosso papel aproveitar as possibilidades dos meios digitais para levar esperança e conectar vidas ao redor de Cristo. A igreja verdadeiramente omnichannel está apenas começando!